BIOGRAFIA:
Maria Aurea dos Santos do Espírito Santo, nascida em 23/09/1971 em
Igarapé-Miri, município do Pará. Filha de Orivaldo Gonçalves do Espírito Santo
e Inês dos Santos do Espírito Santo. É concursada no Governo Estadual no Amapá,
cursou Magistério com Licenciatura em Pedagogia na UNIFAP/AP. Especialista em
Gestão do Trabalho Pedagógica: Orientação e Supervisão pela Faculdade Atual no
Amapá e Educação de Jovens e adulto pelo Instituto IFAP/AP, Mestra em Ciências
da Educação no Paraguai pela Faculdade UNINTER. Atua como professora do Ensino
Fundamental I na Escola Estadual Brasil Novo, de cor negra, defende causas
relacionadas à relação étnico racial, na inclusão, na diversidade, no combate
ao racismo, discriminação e preconceito. Bem como questões sobre o Meio
Ambiente. Contato: (96) 991743388 (Wat), e-mail: aurea.santos10@gmail.com,
página no facebook: Educar a ação e meu blog: http://educaaao.blogspot.com.br/.
Autora
: Maria Aurea Santos
Comunidade Quilombola
Torrão do Matapí
Torrão do Matapí
Iniciou com um cafezal
O Sr. José Arthur Torrinha
Era dono daquele local.
Situada na BR156
Na Rodovia Macapá Jarí
Em cima de um grande Monte
Formou-se a Comunidade do Matapí.
Seu Pedro Mendes e D. Cândida
Negros, escravos de Mazagão.
Vieram com toda a família.
Morar naquele Torrão.
Como caseiro no cafezal.
Trouxe o sustento ao seu lar.
Seus filhos, cresceram e se casaram.
Formando uma comunidade familiar.
Com o sumiço do Sr. Torrinha.
E de Pedro Mendes, a eternidade.
Seu Benedito, o Bilozão.
Registrou em seu nome, a propriedade.
Distribuindo a cada irmão
Um pedaço daquele chão.
Surgiram mais duas vilas
Trazendo grande transformação.
São Benedito é o padroeiro,
Daquela localidade, o principal.
Mas ainda tem a Sra. de Assunção,
E São Tiago do
Torrão.
Ali, o folclore é marcado,
Pela cobra grande que apareceu.
Assustando toda a população,
No Porto do seu
Bilozão.
É uma história Verídica.
Que resultou em composição.
Cantada e tocada por Ronaldo Silva.
Com muita inspiração.
Comunidade Quilombola
do Curralinho
“É ali, lá no curralzinho”
Era assim que todos diziam.
E por causa dessa expressão,
Todos, esse lugar,
conheciam.
É um cantinho sossegado,
Gente chegando bem de mansinho.
Da Ilha Redonda e
do Criaú.
Formando o Curralinho.
No início, só tinha um capoal,
Pois era um pequeno curral.
Que bicho nenhum cercava,
Mas deu nome ao local.
Curralinho é uma comunidade nova
Que tem apenas 90 anos.
Com muita história e tradição,
Quem deu nome, foi seu Mariano.
Na BR210 fica situada,
À 11 km de Macapá.
Depois do Posto Policial,
Dobrando à direita, num ramal.
Os comunitários vivem de roça,
De horta e criação do quintal.
Pra alimentar a famílias,
Ou vender nas feiras da Capital.
Os Programas Federais,
Ajudam também esse povo.
Que faz voto profundo,
Na festa de São Raimundo.
No culto ao Glorioso Raimundo,
Que é santo de devoção.
Quando começa a festança,
Vem gente de toda
a direção.
Do curralzinho à Curralinho,
Tornou-se uma grande comunidade.
Que evolui culturalmente,
Com seus afros remanescentes.
Autora
: Maria Aurea Santos
Comunidade Quilombola Maruanum.
O Distrito do Maruanum,
Localizado ao sudeste do Amapá.
É uma comunidade quilombola,
À 80 Km de Macapá.
Originou-se de uma tribo indígena,
Que habitava na
região.
Marú e Anum foi o último casal,
Que restara naquele local.
Alguns escravos fugitivos,
Chegaram com potencial.
Tornando-se, novos moradores,
Mudando o Contexto cultural.
A maioria da comunidade,
São remanescentes de africanos.
Que fugiram da escravidão.
No período da Colonização.
Bem recebidos, pelo casal de índios,
Os quais quiseram agradecer.
Juntando as palavras: Marú e Anum,
O nome da comunidade veio aparecer.
Maruanum, lugar de ecoturismo,
Com fauna e flora, presença natural.
Com campos e várzeas, beleza exuberante!
Destacando seu poder artesanal.
Técnicas de negros e índios.
Senhoras artesãs abraçam o legado.
A Associação de louceiras,
Praticando a arte com barro molhado.
É uma comunidade estrutural,
Valoriza o ecológico e o cultural.
Um pedaço da África em plena Amazônia,
Que dança Marabaixo e faz suas cerimônias
Autora
: Maria Aurea Santos
Comunidade Quilombola do Criaú
Das palavras cria de criar e mú de gado
Formou-se a palavra Criamú
Que com o passar do tempo
Evoluiu para Curiaú
Cria-ú de fora, Cria-ú de dentro
Cria-ú debaixo, Cria-ú de cima
È uma linda vila
Você nem imagina!
Localizada na AP70
A 12Km de Macapá.
De fauna e flora diversificada
Lugar bom pra se banhar.
Tempos atrás era apenas um lugar
Onde negros escravizados vieram morar.
Refugiados sim, mas para garantir.
A liberdade que temos aqui.
Hoje considerada como APA
Área de Preservação Ambiental.
Para que a população e seus
recursos
Mantenham sua beleza natural.
É uma Comunidade Quilombola,
Peixes! Garças! São a graça do
lugar.
Marabaixo e batuque
No terreiro da tia Chiquinha.
A cultura negra está presente
Na história do Amapá
Salve a Santa Maria
Salve São Joaquim
E salve o santo Antônio,
Que são padroeiros daqui
Pois no toque do tambor,
Minha vida é um esplendor!
Quilombo é habitação.
Quilombo é evolução.
Tem escritores, jornalistas,
Tem poetas e muitos artistas
Quilombo é o meu chão,
E amo de coração.
Autora Maria Aurea dos Santos
Manifestações afro brasileiras
Nesta terra que
tem palmeiras
Onde canta o
sabiá.
Trouxeram
negros de tão longe
Pra nesse
País escravizar.
Ao chegarem no Brasil
Terras de encantos mil.
Desenvolveram formas de proteção
Contra violência e repressão.
Os senhores dos
engenhos, os via como banal.
O capitão do mato, só
dava golpe fatal.
Então, a capoeira, era
arte marcial.
Instrumento de
resistência física e cultural.
Com o passar
do tempo,
Muitas danças
vieram se manifestar:
Olodum,
hip-hop, axé, carvalhada.
Fank,
fandango, maracatu e raggar,
Rap, reggae, timbalada...
A
história atual
Apresenta
com honra varonil
Vultos
negros que contribuíram
Na
construção do Brasil.
Acredito ser
fundamental.
O
reconhecimento afro brasileiro.
É um marco
referencial,
Que legitima
e garante, minha identidade cultural.
Nada
de discriminação e preconceito
Praticas
pejorativa.
No
toque do tambor,
Fora
essa visão racista.
De escravo à
cidadãos
Surgem heróis
de coração.
Zumbi, rei
palmarino.
Chico Rei o
libertador.
Aleijadinho,
o entalhador( escultur)
Cruz e Souza, o
abolicionista.
Machado de Assis, o
romancista.
Pelé, o rei jogador.
Pixinguinha, tocador.
Grande Otelo, o ator.
Valeu tia Venina! E mestre Pavão!
Entes queridos do nosso Torrão.
E se tiver mais que falar...
São tantos nomes a recordar.
A valorização afro- brasileira, deve
continuar
E a Lei 10.639 veio isso fortificar.
Enquanto isso
em Macapaba,
Como mãe
Luzia vou partejar.
As garrafadas
do Sacacá vou tomar.
E como mestre
Julião, vamos todos marabaixar.
Vista a minha pele
De uma terra muito
distante
Vieram os negros
para o Brasil.
Deixando famílias,
riquezas e amigos
Pra construir um
novo País.
Destruíram seus
mocambos
Negro morreu de
banzo
Despojaram seus
ideais,
Abafaram sua
cultura demais.
Aqui neste País
Terra de encantos
mil.
A luta de Zumbi
Valeu pra mim e pra
ti.
Mas o rufá dos
tambores,
E a sinfonia do
birimbau
Tornou meu
quilombo ideal.
E com a Lei 10.639
Minha escola ficou
forte
Do currículo
escolar
Vou então
participar.
Hoje tenho
felicidade
Em poder declarar
minha identidade
Sou Negra!
Sou negro!
Vista a minha pele!
Vista a minha pele
e venha comigo sambar.
Vista a minha pele
e capoeira vamos gingar.
Vista minha pele e
vamos todos marabaixar.
Autora Maria Aurea
dos Santos
Em 05/11/12
Diga não a
discriminação
Estou aqui
de boa e venho pra te dizer
Que a
discriminação não tem que acontecer...
Índio,
brancos e negros, são irmãos pra valer
O não a
discriminação, só depende de você.
Devemos
respeitar a todos, para então ser respeitado.
A escola nos
ensina, sermos alunos educados.
Minha força
é de ferro, minha pele é de cor.
Minha alma é
de valor, minha fala é puro amor.
Sou uma negra
destemida , prego paz e harmonia.
Diga não a
discriminação, esse é meu lema, todo dia.
Preconceito
é burrice, discriminação é tolice.
E o racismo
o quê que é? É falta de consideração.
Com qualquer
nação.
Nada de
preconceito! Tenha todo respeito!
A Lei Aurea
fez sua parte
Zumbi foi um
grande Marte.
Pra quê
Bullying meu irmão!
Somos todos
cidadãos.
Toque em
minha mão e me dê um abraço.
Vamos fazer
uso deste pequeno espaço.
Respeite meu
Black Power, respeite o meu falar.
Respeite a
minha cor e amigos, vás encontrar.
Somos todos
iguais, com diferentes ideais.
Somos só uma
nação. Diga não a discriminação!
Criado em: 18/11/2016 por Maria Aurea dos Santos.
Paródia – Preconceitos e descasos
Preconceitos
e descasos
Provocam maus
pensamentos
Nos domínios
desta terra,
Negro cai no esquecimento.
Pois é, pois é
Negro também tem amor.
Quem conhece esse povo
Reconhece seu valor
Pois é, pois é
Negro também é nação.
Somos todos mestiços,
Mestiços de coração.
Me responda
meu amigo
Me esclareça
meu irmão.
Se na sua
comunidade
Ainda tem
discriminação?
Para ser
igual aos outros,
O negro tem
possibilidade.
Só depende de
você,
Garantir-lhe
oportunidade.
Súplica
Mexe, mexe
comigo
Futuca o
sentido,
Sacode o
Juizo,
Pra vida ser
vivida.
Veio de
mansinho
Passinhos de
lã.
Cheio de
maldades
Sem ideias
sãns.
Preciso
acordar,
E quero
levantar.
As forças são
poucas
Vem esse mal
sanar.
Remédio de um
é outro
Diz o dito
popular.
Sofrer nunca
mais,
Levantar a
cabeça é crucial
E digo: -
Mexe comigo.
Toca – me
neste instante.
Vou permitir.
Antes de
sucumbir.
A vida, são
momentos bons e maus.
- Meu Deus me
livra!
Desse cárcere
mortal!
Pra ti o
pecado é banal.
Em 28/01/17 às 17:00h
Autora: Maria Aurea
Santos.
Folguedo junino
Em 1500, na
Colonização do Brasil
Os europeus trouxeram para o nosso País.
A festa junina,
felicidade quimera,
Homenagem às boas colheitas da terra.
Em 24 de Junho, dia
de São João,
Na Europa era
comemorado o solstício do Verão.
Ao chegar ao Brasil,
terra de encantos mil.
Ficou tradicional,
manifestação cultural.
Europeus, índios e
negros, meu irmão!
Arrastam o pé no
salão.
É festança arretada!
Pular fogueira e
soltar balão!
Tem pamonha, canjica,
cuscuz e quentão;
Pé de moleque, milho
verde e cocada da região.
Tem arraiar,
barraquinhas, jogo de adivinhação;
Casamento na roça,
quadrilha pra alegrar a população.
Festa na roça comadre
Do jeitinho caipira
Festividade do Sertão
Que todo povo admira.
E você que está
tristinho
Vem de lá que eu vou
de cá
Nessa festança tão boa!
Eu quero mesmo é
dançar.
Autora: Maria Aurea
Santos
Macapaba,
Macapá
Marajoara amparada, cabocla alta.
Meiga e serena, pequena morena.
Põe – me em chamas!
Em teu seio, me deito.
Com meus braços, te amasso.
Em tuas ramas, me derramas.
Ora pó, ora aço.
Uma inter-relação.
Sólida na gratidão.
Macapaba, Macapá.
Com força do quebra-mar.
Nos cantos vive a dançar.
Parabéns para você.
Muito bom te conhecer.
Autora: Maria Aurea Santos.(04/02/17)
Igualdade Racial
É tempo de
amor,
Abraços de
amigos.
Certeza do
dia,
Cantando e
sorrindo,
Alegria
explodindo.
Eu e você, você
e eu.
Igualdade
racial.
Maneira de
ver o outro,
De forma
especial.
A começar
por mim.
Vou me ver,
me sentir
E entender,
Como é bom
ter você.
Meu ir e
vir, teu vir e ir,
Tem toque e
valor.
Respeito à
diferença é igual,
Igualdade
racial.
Obs: Autoria de Maria Aurea dos Santos ( 13/02/17 – 16:00h)
OBS:Ao dia Internacional da Mulher
MULHER
O que vemos?
Ferro, pedra, algodão.
No subsolo, na terra, no ar...
Mulher é ação.
Pura fascinação.
Rígida como ferro.
Consistente como pedra
Leve como algodão.
Contradição?
Não! Mulher não!
Pura convicção.
Persistência ferrenha
Pedraria rara
Algodão doce?
Mulher mil.
Versátil.
Fascinação..,
Convicção...
A alma da mulher,
Não é coisa qualquer.
É diversidade.
É criatividade.
Autora: Maria Aurea em 18/02/17
Mulheres empoderadas
Todas sorridentes,
nitidez presente.
Como beija-flor,
soltam o seu voou.
Hoje um
belo dia! Dia de alegria.
Mestiças de
amor, que revelam seu esplendor.
Rodeadas por
joias raras.
Mulheres empoderadas.
Me encantam
e me seduz
Como raios
de luz.
Vó, mãe e irmãs.
Tias, primas
e amigas.
Te amo!
Je t’aime!
I love you!
Deus dos
céus as abençoe.
E lhes deem
profundo amor.
Mulher,
parabéns para você.
Que tanto
faz pra merecer.
Autora Maria Aurea dos Santos (08/03/17)
Socialização
Sonho que sonhamos só
Nem sempre é sonho
feliz.
Mas sonho que sonhamos
juntos,
É sonho de aprendiz.
Porque juntos pensamos,
Juntos idealizamos,
Juntos produzimos,
E juntos comemoramos.
Amigos dá escola.
Amigos de toda hora.
Viva a educação!
Formada por mutirão.
Comunga o coletivo, num
só objetivo,
E a educação de
qualidade,
para todas as idades,
Torna-se realidade.
Mas é preciso romper com
os grilhões
Da injustiça, descaso e
ambições.
E formarmos um grande
cordão
Da paz, amor e união.
Se quisermos ver nossos
filhos crescer e vencer.
É preciso ajudar a
educação com muito prazer.
Autora:Maria
Aurea Santos (08/09/12)
Canoeiro
Canoeiro
vai canoar.
Em pé na
montaria.
Joga a
vara, puxa(apoia) a vara.
Empurra a
canoa
Entre
juncos e mururés.
Toca a
boiada.
Canoeiro,
vai canoar.
A banhista
que o avista,
Registra
sua manha.
Entre
garças, ariranhas
E o voou da
piaçoca.
O boi
boiado obedece
E o
canoeiro agradece.
Essa
cena é comum,
Nos campos
do Criaú.
Autora: Maria Aurea
dos Santos.
Criado em
30/04/2017.
1 de Maio
Primeiro de maio
Dia do trabalho
Parabéns aos amigos
E a todos os operários.
Faça chuva, faça sol.
Buscam futuro melhor.
Mais de que feriado,
É chamar o povo pra reflexão.
Contra as PECs da imposição.
Sobre Direitos adquiridos
E o papel do Cidadão.
Trabalho não é escravidão.
“O poder emana do povo”
Transformador social.
No protesto e manifestação,
Vemos feridos e morte fatal.
É assim que o patrão,
Recusa a reivindicação.
Mas não sejamos tolos.
Lutar é dever de todos.
Com amor, forme-se o mutirão.
Na esperança, que dias melhores virão.
Em 01/0/17 às 8:00h
Autora: Maria Aurea
Santos.
Mãe Maravilha – Coisas de mãe
Venho aqui para falar
De todas as mães maravilhas
Elas merecem esse dia..
Pois são melhores companhias.
Quando acordo
de manhã,
Ouço logo
mamãe dizer:
_Levante,
escove os dentes,
Se não tu vás já ver.
E naõ esqueça de deixar,
A cama arrumadinha.
Você já é bem grandinha,
Comigo tem que andar na linha.
E depois que
tomar café,
Lave e
enxugue a louça meu amor.
Cuidado pra
não quebrar,
A porcelana por
favor.
Que porcelana nada...
É puro cristal da Cica.
Mamãe pensa que me engana.
Ela não tem tanta grana.
Quando
peço-lhe um tostão,
Mamãe diz não
tenho não.
Peça para seu
pai ou avô,
E quem disse
que lá eu vou...
Hora de se arrumar pra ir pra escola.
Vá depressa criatura!
E se não chegar no horário
Vás levar uma grande surra.
E no caminho
pra escola,
Não dê
confiança a estranho.
Hoje em dia
os inimigos,
É de qualquer
aparência e tamanho.
Não fico com zanga não.
Ela sempre está com razão.
Não quero vê-la irritada,
E assim me livro da vassourada.
E quando vou
bem ali.
Ela diz vou
cuspir aqui.
Vai num pé e
vem no outro,
Se secar e
você não chegar,
Já sabe que
vás apanhar.
Essas coisas de mãe
É só pra nos proteger.
Pois realiza a missão,
Que só ela poderia fazer.
Mas gostoso é
ver mamãe
Orando sem
cessar.
Pedindo
proteção de Deus,
Pra ajudar a
me criar.
Bom demais também ouvir,
Aventuras e assombrações.
Com os contos - da - carochinha.
Criança dorme como rei e rainha.
Toda mãe é mesmo assim.
O que seria
de nossas vidas.
Sem esse
presente dos céus.
Doce como o
mel.
Mamãe brava, mamãe sorridente,
Chorando ou toda contente.
Ela é a rainha do nosso lar.
Por ela a Deus devemos rogar.
E vou te
dizer
Papel de mãe,
ninguém entende.
Como ela
consegue cuidar
Ao mesmo
tempo de tanta gente.
Além dos
filhos, tem os amigos,
O esposo e os
parentes.
Toda mãe é versátil.
Cuida-se bem.
E por isso merece,
Abraços e parabéns.
Pois nesse
dia tão especial,
Quero a todos
homenagear.
E dizer com
devoção
Mamãe, te amo
de coração.
Em 09/05/17 às 16:00h
Autora: Maria Aurea
Santo
Matriz
e prole
Dedicada,
serena,
Rosa morena.
No jardim de felicidade,
Regada pela idade.
Que o tempo conduz,
Mostrando o brilho,
Que em ti reluz.
Rosa morena.
No jardim de felicidade,
Regada pela idade.
Que o tempo conduz,
Mostrando o brilho,
Que em ti reluz.
Minha
matriz,
Sou prole feliz.
Recebestes esta missão,
De conduzir minha criação.
Obrigada por seu amor,
Que inspirada pelo Senhor,
Nem um só instante descuidou.
Sou prole feliz.
Recebestes esta missão,
De conduzir minha criação.
Obrigada por seu amor,
Que inspirada pelo Senhor,
Nem um só instante descuidou.
Mãe
é pra toda vida.
Sorrindo, chorando,
Curando as feridas.
Mãe é pra toda hora,
Aconselha, ora,
Buscando vitória.
Sorrindo, chorando,
Curando as feridas.
Mãe é pra toda hora,
Aconselha, ora,
Buscando vitória.
Hoje
como mãe,
Sinto de perto,
O jeito certo.
O tom e o laço,
Sem sair do compasso.
Agora vim entender,
Quão cuidado teve você!
Sinto de perto,
O jeito certo.
O tom e o laço,
Sem sair do compasso.
Agora vim entender,
Quão cuidado teve você!
Em 13/05/17 às 10:00h
Autora: Maria Aurea Santos.
Autora: Maria Aurea Santos.
Parabéns meu pai
O indicador deslizante
No dorso do meu amor.
Juntando gotículas de suor
Do incansável labor.
Costume desde a infância
Que me veio à lembrança.
Meu pai ao chegar do trabalho
Sempre recebia um agrado.
Dia após dia
Vivia a martelar.
Garantindo a arte naval
E o sustento do lar.
Para os íntimos
Gomério,
Cariperana, Caripé.
Para a família, PAI
Um homem sempre de fé.
Com olhar desconfiado
Ou sorriso esparramado.
Autêntico com as palavras,
Impondo o seu legado.
Parabéns meu pai
Muitos anos de vida.
Deus lhe derrame dos céus,
Bênçãos sem medidas.
Por esposa e filhos, netos e bisneta,
Por parentes e amigos.
Sinta-se abraçado,
Meu herói favorito.
Exemplo de virtude
Que amamos demais.
Saúde e vida longa,
Neste dia à todos os pais.
Obrigada meu Senhor,
Pela inspiração sem fim.
O valor de um genitor,
É uma benção para mim.
Em:13/08/17 às 6:00h
Autora: Maria Aurea
Santo
Poesia Salusseana
Nascido em ‘Bom Jardim, rejeição não atraiu
miséria.
Destino afortunado e um soneto eternizado.
Como promotor, desenvolveu atitudes públicas
Chegando advogar ação, após sua formação.
Mas em que se destacou, foi na arte que
poetizou.
Cantando o sentimento que a vida enfatizou.
Num simpático chalet, onde tudo acontece.
Embala seu pensamento, em fato que enlouquece.
Uma moça formosa, lhe vem na lembrança.
Sob chuva ininterrupta, a composição e a
esperança.
Inspiração que encanta,
Um amor que emana.
De bailes no cassino.
De danças com damas finas.
Surge o lago do amor parnaso.
Valorizando a forma e a perfeição.
Cisnes, maior composição Salusseana,
De um galã e uma bela dama.
Ressalta aves graciosas com imponente
aparência.
Pescoço longo, bela plumagem.
Romance que reflete imagem.
Serve de inspiração a toda geração.
Que busca na literatura, a arte em formosura.
Júlio Mario Salusse, poeta e promotor.
Friburguense legado, que ficou registrado.
Na cidade Maravilhosa, que proporciona inspiração.
Um romance que enaltece peripécias do coração.
Em 22/08/17 às 22:00h
Autora: Maria Aurea Santos.
Autora: Maria Aurea Santos.
Diversão, cultura e conhecimento
Diversão, cultura
e conhecimento,
Juntos, forma
um bom alimento.
Iguarias
excelentes,
Para tratar mentes
inconsequentes.
Mentes que
mergulhadas estão,
Num oceano de
corrupção.
Ou mentes
alienadas, meu irmão,
No mar da
marginalização.
Cego é quem
não quer ver,
O que lá fora
está acontecendo.
A batalha do
bem e do mal,
Entre as
classes, se fortalecendo.
Prega o
desrespeito imoral
O assédio
sobre os direitos é mortal.
Escrúpulo,
covardia, Pecs do não,
Que perseguem
a vida do pop cidadão.
A
intolerância impera.
Na religião,
no gênero, na cor...
Quisera que
todos plantem tâmaras.
É a lição
mais certa de cultivar o amor
Na vida, o plantar e o colher
Diversão ,
cultura e conhecimento,
São melhores
alimentos.
A diversão
construtiva,
Reflete no
dia-a-dia.
É prática da
vida
É um mousse
de alegria.
A cultura é
diversidade,
Diferentes
costumes de uma sociedade.
O berço das
tradições,
Que emana das
civilizações.
O
conhecimento é o chão,
Saber trilhar
é a questão.
Depende da
intrepidez,
Que
apresentar o freguês.
Por tanto, diversão,
cultura e conhecimento.
É tudo o que
está acontecendo
Aqui nesse momento.
Em 25/08/17 às 10:00h
Autora: Maria Aurea Santos.
Autora: Maria Aurea Santos.
Minha Igarapé- Miri
Minha Igarapé-Miri
Terra do açaí.
De bacaba, miriti
E pato no tucupi.
Antes fábrica e deposito
De madeira nacional.
Extração e exportação
Pra Belém a capital.
À margem de um rio homônimo
Minha cidade floresce.
Caminho de canoa pequena
Do Tupi veio o verbete.
Lugar bom de morar!
A riqueza de seus habitantes.
Foi aumentando aos poucos
Com as levas de imigrantes.
Torrão de origem indígena
Lugar de boa paisagem
Cidade acolhedora
Dos moradores e de quem está de passagem.
E assim surgiu
Nosso patrimônio cultural.
Com agricultores e comerciantes
E determinação total.
Açúcar, aguardente e algodão
Foram propulsores de grande produção
A plantação canavial
Fortaleceu o comércio local.
Bela cidade Miriense
Com cultura e tradição.
Manifestação que povoa
No imaginário da população.
Festival do Camarão
Festival do Açaí
Festa de Sant’Ana
São festas do meu
Miri.
Em 23 de maio
É impossível
esquecer.
Meu reduto, minha
origem
E por isso venho
enaltecer.
Hoje dividida em Anapú e Espera
Itaubal e Canal
Maiauatá e Meruú-Açú
Panacauera, Pindobal...
Que Deus derrame
suas bênçãos
Alegre os corações.
E dê grande
desenvolvimento
Às futuras
gerações.
Parabéns
Igarapé-Miri!
Terra Áurea para
mim.
Deveras tenho a
sentir
Mas, jamais me
esquecerei de ti!
Em 23/05/18 às 7:00h
Autora: Maria Aurea Santos.
Autora: Maria Aurea Santos.
Amazônia de pé
Úmida floresta da América do Sul.
Refletes em tuas águas, o imponente céu azul.
Influencias o equilíbrio ambiental.
Ao planeta tens papel principal.
“SOS Amazônia”, grita quem sabe amar.
Quem em seus rios se banha e nas matas a fome vem
saciar.
Verdejante, majestosa, obra prima imperiosa.
No rebojo das falácias, minhas lágrimas copiosas
Molhando o rosto que estremece, da brutalidade asquerosa.
Líderes sem escrúpulos, não veem o absurdo.
Que podem causar dores, a ti floresta e aos
moradores
Visam ser a razão, derrubar-te em teu próprio chão.
Acordos milionários, ferem direitos minerários.
Ao extrair do teu interior recurso de mui valor.
Oh esfera
monumental! De fauna e flora excepcional.
O povo da floresta não abre a guarda.
Indígena, quilombola, ribeirinho e muito mais.
A Renca é um alento pra esta esbelta nação.
É ordem e progresso? Ou desordem e extinção?
Recua o inimigo movido pela pressão.
Manter a vigília, já!, suspender não é revogar.
Vai que o inimigo resolva, com a caneta rabiscar.
Comprometendo o destino de todos os amazônidas.
Por ti, todos juntos, num grito de fé:
“Queremos a
Amazônia de pé”
Em 02/09/17 às 15:00h
Autora: Maria Aurea Santos.
Autora: Maria Aurea Santos.
NEGRO FALADOR
Negro, negro falador
Fala pra mim de sua dor
Diz que és um povo presente
Porém como gente quer plantar amor.
Negro, negro falador
Fala aos descrentes
Que apenas és diferente
Porém como gente quer viver contente
Negro, negro falador
Fala pra mim de sua dor
Ecoa o teu tambor
Dissemina teor, mostra o teu valor
Quer
criar, quer sambar
Se formar e exercer
Seus méritos com prazer
Ensinar os delinquentes
Se veem competentes
E lhes falar que a vida é linda
Quando vivida e não sofrida
Oh negro falador fala e não cala.
Autora: Maria Aurea dos Santos (06/09/13)
MEU LAR
Meu lar indígena!
Meu lar afro!
Meu lar! Meu lar!
Terra de muitas palmeiras,
A açucena da Amazônia.
De montanhas e cachoeiras,
Assim é meu Amapá.
Muitas vidas nos lagos e matas,
A diversidade reina nesse lugar.
A cultura sem par retrata,
Usos e costumes do além mar.
Capital desse rincão,
É o berço, casa e chão.
Aconchego de um lar.
Assim é Macapá.
Autora:
Maria Aurea dos Santos (06/09/15)
Educação Ambiental
Educação ambiental, é um caso a se pensar.
Não é só construir hortas no espaço escolar.
Vai muito mais além, é a política do bem.
Perpassa pelos saberes, utilizar e conservar.
Se você só consome, se preocupe em preservar.
A natureza é um todo que alimenta o povo.
O uso racional do recurso natural.
È ideia sustentável, pra preservação integral.
A educação ambiental educa mentes.
O cuidado é fatal.
É a natureza quem sente.
Precisa-se de pessoas com práticas conscientes
Ninguém é avisado
Ninguém é interrogado
E na calada da noite a morte é decretada.
A República ruralista
É quem sofre as consequências
De mentores sem decência.
Por isso cuide do chão, da água, do ar.
Da flora, da fauna, do mar.
Educação ambiental é nosso dever,
Para a vida florescer.
Composição: Maria Aurea dos Santos
Em: 01/06/19 as 7h.
Agradecer
Hoje, quero te agradecer.
Por tudo que tens a me conceder.
A vida foi a primeira dádiva.
Que destes a mim, por toda essa idade.
Pois tu Senhor, és meu bem maior.
A ti ofereço o meu melhor.
Minha raiz, meu chão, meu legado, meu nicho.
É meu rubi, minha prole que cuido com
capricho.
A identidade é fundamental.
Para a vida secular.
Ergo minha voz pra te agradar.
Por mais um ano, que estou a completar.
Aos meus pais que me deram instrução.
À parentela, muito dedicação.
Aos meus filhos que sempre me apoiaram.
E aos amigos, que nunca se afastaram.
Peço-te a eles, muita proteção.
Ricas bênçãos e compreensão.
Que a simplicidade faça parte de mim.
E a paz de espírito que flui de ti.
Sejam escudos a todos os ais.
Pra combater, lutas espirituais.
A vida terrena é passageira.
Dê-me sabedoria pra transpor as
barreiras.
Toda honra e toda gloria, sempre te
ofertar.
E ao teu nome, sempre exaltar.
Obrigada por me permitir.
Colher mais uma flor nesse lindo jardim.
Quero dizer-lhe com devoção.
Obrigada Senhor de coração!
Em 23/09/17
às 6:00h
Autora: Maria Aurea Santos.
Autora: Maria Aurea Santos.
Consciência da Mulher
Negra
Fui classificada ao máximo na cor, na aparência, na estatura.
Na fala, no beiço, nariz e cabelo, a custa de pau, pão e pano.
A Diáspora traçou meu destino, Mama África ficou para traz.
A dor que imperava no “Tombadilho”, era que liberdade, eu não
tinha mais.
Ao avistar a terra do novo mundo, apesar da beleza natural.
Foi me imposto, costumes e um nome, me distanciando de meus
ancestrais.
Mas não puderam calar minha voz, meu tambor, meu afoxé, meu berimbau...
Meu jeito, meu credo, minha dança, incomodava destemidas rivais.
Muitas lutas eu resisti, no quilombo me refugiei.
Pus em prática o que de raiz aprendi, pois esse chão era minha
nova grei.
Regado com sangue fraternal, liberdade no papel alcancei.
Pura demagogia racial não foi inclusa no social.
Mesmo sendo parte do global, pelas conquistas de direitos,
lutei.
Mas a nomenclatura magistral me resumia apenas aos três ps.
Difícil ser negra ou mulata, em plena política do branqueamento.
Ainda bem que “Casa Grande & Senzala”, reinterpretou-me
triunfantemente.
Hoje com as conquistas vindouras, tenho meu livre arbítrio.
De mostrar , o que sou e o que faço, afirmo-me do pó ao aço.
A minha identidade, reflete pura beleza.
Que rufem os tambores, pois quero dizer:
“ Viva a Consciência da Mulher Negra”!
Em
10/11/17 às 22:00h
Autora: Maria Aurea Santos.
Autora: Maria Aurea Santos.
Amizade Sincera
Amizade sincera, é como:
A sonoridade de uma letra.
A letra de uma sílaba.
A sílaba de uma palavra.
A palavra de uma frase.
A frase de um paragrafo.
O paragrafo de um texto.
O texto de um contexto.
Amizade sincera,
Reflete na alma.
Serena, quimera,
Onde o tempo impera.
Tempestade, conflito,
Ou pura calmaria.
Não existem barreiras,
Pra amizade verdadeira.
Em
10/11/17 às 9:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
QUILOMBO
Lugar
arejado, núcleo de resistência.
Quilombo,
mocambo ou terra de negros, fortificação.
Lugar
arejado de meus antepassados.
Que
hoje evolui com a cultura de um povo miscigenação.
Quilombo
é habitação, quilombo é evolução.
Tem
escritores, jornalistas, tem poetas e muitos artistas.
Quilombo
é meu próprio chão, que amo de coração.
É
um espaço natural que cultiva o cultural.
Quilombo
é criatividade, quilombo é irmandade.
Tem
um jeito diferente dos que vivem na cidade.
Quilombo
vive a bailar nas cantorias que tem por lá.
Quilombo
é assim é pra viver e ser feliz.
Quilombo
é garra, é raça, quilombo é a nossa casa.
Trabalha
com a natureza e faz dela fortaleza.
Quilombo
é um pedaço da África em plena Amazônia.
Que
dança Marabaixo e faz suas cerimonias.
Quilombo
não é só tranquilidade, é luta pela equidade.
Hoje
faz sua resistência com arte e ciência.
Quilombo
é manifestação pela posse e preservação.
Quilombo
é um aglomerado, é um abrigo considerado.
Em
18/11/17 às 9:00h
Autora: Maria Aurea Santos.
Autora: Maria Aurea Santos.
MUNICÍPIO DE ITAUBAL DO PIRIRIM
É com
muito prazer
E grande
satisfação.
Que
estou a homenagear,
As
terras deste Torrão.
E desta
vez vou mencionar,
O
município de Itaubal.
Que
cresce culturalmente,
Com
grande potencial.
Um
recanto no Sudeste do Amapá,
Que a
todos contagia.
Pois,
sua beleza natural,
É de
esplêndida magia.
Seu
topônimo vem da itaúba,
Madeira
de lei comercial.
Na flora
nativa era abundante,
Pois deu
nome ao local.
Cortado
por rios e lagos,
Exibe
sua diversidade.
Como
parte da Amazônia,
É uma
exuberante localidade.
Famílias,
vindo do Bailique,
Em busca
de terra pra morar.
Pra
trabalhar com lavoura,
Queriam
uma terra boa.
Com o
passar do tempo
Chegaram
levas de imigrantes.
E o
pequeno povoado,
Tornou-se
um vilarejo deslumbrante.
Mais
tarde, de Distrito à Município,
O povo
logo preferiu.
Itaubal
do Piririm,
Fica a
margem direita do rio.
Lugar
que planta e dá,
Se tiver
a manha de cultivar.
Com a
enamorança da lida,
Quem
planta amor, colhe guarida.
Tem como
padroeiro, São Benedito.
Respeitado,
aclamado e mui querido.
Prestigiado
com devoção pelos itaubalenses,
Aumentando
a fé de amigos e parentes.
Na
segunda quinzena de dezembro.
É o
festejo do Santo Protetor.
Vem
gente de toda a direção,
Prestar-lhe
grande veneração.
A
reverência resulta,
Em
bastante fé e folia.
A cidade
resplandece,
Com
múltiplas regalias.
Tens
evento marajoara,
Oh!
Piririm do Amapá.
Grande
espontaneidade!
Como
criança, vives a bailar.
Ergue
forte teu Brasão!
Hasteia
tua bandeira!
Ao som
de bela canção,
És da nação
brasileira!
Com
identidade própria,
Liberdade
e soberania.
Tens
honra e dignidade,
Contra
toda tirania.
Gente
linda, gente amiga.
Encanta
quem vem visitar.
Fauna e
flora numerosa,
Deleite
do Amapá.
Pra
valorizar esse chão,
E as
pessoas da região.
Esse
show de talento,
É um
grande advento.
Em
06/12/17 às 20:00h
Autora: Maria Aurea
Autora: Maria Aurea
A saga dos
negros
Negros dançavam, cantavam e tocavam,
Na África, sua terra natal.
Sempre alegres pelas fartas colheitas,
Fertilidade, motivo dos festivais.
Mas sem esperar, sem direito a questionar,
Foram atacados e capturados.
E para toda parte do mundo,
Remanejados.
Nos navios negreiros,
Açoites, gritos e mortes.
Legiões de homens e mulheres,
Jogados a própria sorte.
O estalar dos chicotes,
Chibatadas hipócritas.
Pura demagogia...
De dor negro estremecia.
Roubaram-lhe a alma,
Direito de conviver em clã.
O banzo era o placar mortal.
Oh! Saudade da terra natal.
Ao chegarem no Brasil,
Chicote no dorso da negrada.
O capitão não perdoava,
E o sinhozinho era quem ordenava.
Tempos difíceis,
Pra quem vivia acorrentado.
Quando possível,
Pro Quilombo... Refugiado.
A Lei Aurea no papel,
Foi um grande libertário.
Uma ponta do Ice Berg,
Pra formar novos ideários.
Daqui pra frente, a resistência,
Casou-se com a arte e ciência.
E negros revolucionários,
Constituíram novos cenários.
Na política, arte, religião...
Economia, saúde e educação.
Em todos os aspectos sociais,
A manifestação afro, é tenaz.
A negação étnico racial,
Cotidianamente.
Abstraindo o multiculturalismo,
Explicito a toda a gente.
Mas a voz que não quer calar.
Enamorou-se de determinação.
Pois negro precisa lutar,
Pela fala, visibilidade e participação.
Então, seu legado espalhou,
Em todo lugar que passou.
Pois muito contribuiu,
Para construção do Brasil.
Em
10/12/17 às 17:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
MACAPÁ
Macapá, terra boa de morar.
Bonita mata! lindo céu!.
Há beleza no Rio-Mar!
Pedra do Guindaste, aves a voar.
Saúda quem está a chegar.
Sentinela Altaneira.
Com o nome de palmeira.
Recanto sagrado e amado,
És riqueza brasileira.
Com olhar de vencedores,
E amor no coração.
Ao som de flauta ou tambor,
Cantamos a sua canção.
Bacaba, Macapá.
Origens Tupis,
Raízes quilombolas.
Vislumbra a glória,
Ao anoitecer, desde a aurora.
É grande a diversidade
Da iguaria regional.
Exaltam a fauna e a flora,
Nativas neste local.
Deleite é a Linha do Equador.
A Fortaleza é um primor.
O Rio Amazonas é viril.
Encantos da terra varonil.
Capital no Meio do Mundo.
Macapaba, Tucujulandia,
Metropolitana, Morena açucena,
Joia da Amazônia.
Tens Aurea Auriflama,
Que enaltece a quem povoa.
Que aguerridos e militantes,
Seguem firmes e triunfantes.
Em plena época de desmonte,
Marea na resistência.
Combatendo a diplomacia,
Com arte, garra e ciência.
Com seu artesanal
Embala os festivais.
É forte o manancial
Das manifestações culturais.
Parabéns a Macapá!
Do Marco Norte ao Marco Sul.
Brilhai como o Equinócio!
Adorável terra Tucujú!
Em
28/01/18 às 17:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
Aquarela
Humana
Todo artista pinta sua obra,
Das cores que lhe convém.
Eu quero compor,
Meus versos em cores também.
Mostrar o possível,
O óbvio, o incrível.
Numa aquarela humana,
Que predomina o civil.
Cada cor um tom,
Um jeito, num quanti específico.
E na tela denotar,
Reflexo magnifico.
Fruto da miscigenação,
Preto, pardo, branco, amarelo...
Ver nas cores vislumbrar,
Uma imensa aquarela.
A cada pigmento,
Por trás um dilema.
Que pode também bombar,
Nas telas de cinema.
Faço jus ao colorido,
Que tem meu País querido.
Aquarela humana verdadeira,
É a nação brasileira.
Em
30/01/18 às 10:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
Independente de credo e cor
Pra
exaltar o lugar que moramos
Valorizar
o Torrão que pisamos.
Vamos
juntos num grito de fé,
Lutar
pela “Amazônia de Pé”.
Destacando nossa população,
Índio, branco, negro, mil!
Com dedicação e
capacidade
Juntos na construção do Brasil.
Década dos afrodescendentes,
Destacam-se grandes manifestações.
Valorizando seus ancestrais,
Crenças africanas e seus rituais.
Respeitar o outro e o sagrado,
Choque cultural, formado.
O legado se espalhou,
A mestiçagem novo rumo tomou.
Nesse contexto a identidade.
Externa a natureza.
Sorriso, cabelo e cor,
De negra, pura beleza.
Minha mensagem
É no compasso do tambor,
No afoxé ou berimbau.
Urgente! Ação fraternal!
Amar a todos sem fazer acepção.
É cultivar o amor, independente de credo e cor.
Em
30/01/18 às 10:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
SAPATOS
Sapatos
calçam e protegem os pezinhos.
Sapatos
livram de entrar espinhos.
Sapatos,
sempre sapatos.
Coloridos
ou de uma cor só,
Sua missão eu sei de có.
Comodidade,
numeração adequada.
Visual
marcante de identidade.
Acessório
importante.
Sapato é
arte, é produtividade.
Antes
era símbolo de autoridade
Hoje com
tanta diversidade.
Define a
necessidade
Do
cliente e da idade.
Se,
venho ao mundo,
Calçam-me
os pés.
Quando
deste eu for,
Um
sapato vão me por.
Sintético
ou natural,
Social
ou popular.
Só sabe
onde aperta
Quem
está a experimentar.
Há
sapato pra todo tamanho
De toda
cor, de muito estilo.
Cada
pessoa tem um gosto,
E um
ritmo específico.
Em 06/02/18
às 15:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
Esperança
Ouviu-se um
grito de Guerra em silêncio.
As correntes
apertavam os pés descalços.
O corpo
cambaleava, sobre o solado.
As correntes
apertavam as mãos em punho
E o corpo
cambaleava em fileira e imune
Oh, oh oh!
Na mãe África,
não estou.
Oh, oh oh!
Só saudade é o
que restou.
Ouve-se um
grito de guerra em silêncio
Desmontes e
violência. Quanta imprudência!
Operários ou
civis, entregues, aos mil.
Na Pátria
amada, de céu anil.
Oh, oh, oh!
Na mãe África,
não estou.
Oh, oh, oh!
Desconheço o
que restou.
Ouviremos um
grito de guerra em silêncio
Dos que não se
renderam e tem argumento
A esperança
renasce sobre o asfalto
E o povo segue
ao combate no alvo.
Oh, oh, oh!
Na mãe África
não estou.....
Oh, oh, oh!
A esperança é
o que restou.
Em
30/01/18 às 10:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
O negro quer
O negro quer carinho, o negro quer amor.
O negro quer amizade, seja de quem for.
O negro quer vida, o negro quer paz.
O negro quer cantar, dançar e tocar como todo mundo faz.
Sem preconceito, sem humilhação.
Quer viver feliz, com paz
no coração.
O negro se libertou do sistema que o escravizou.
Não existe só uma cor, raça ou religião.
O negro quer compreensão.
Sim, para a paz e não, para a guerra.
Se todos derem as mãos abraçaremos a terra.
Não importa se é branco, preto, rico ou pobre.
Devemos amar a todos e ter um coração nobre.
Negro quer vencer.
Lutar capoeira, dançar Marabaixo,
E hip-hop, sem sair do compasso.
Negro quer escola, quer trabalho e salário.
Quer comer bem e ter bom vestuário.
Quer dignidade e justiça,
Direitos e deveres legais.
Omissão, jamais!
O negro não quer racismo, nem discriminação.
Já passou desta fase faz um tempão.
Novos ideais, novas conquistas,
O negro quer ser sempre otimista.
Valorização merece
atenção
De pele clara de pele escura
De fala branda ou fala dura.
Vejamos, isso é um fato!
Tudo igualzinho, seria chato.
Índio, branco, negro, aí estão.
A diferença é um Pendão.
O bullinyng é sofredor
Queremos paz e amor.
Não apelidar! Pelo nome chamar.
Não desrespeitar! E sim valorizar.
Não xingar! Devemos cuidar,
Amar e considerar.
Viva! Viva a Valorização!
Fora a discriminação!
Somos todos irmãos.
Isso merece atenção.
Cultivar a irmandade
Não importa ser negro ou branco
Não importa foi Deus quem os fez.
Viva a liberdade.
Devemos cultivar a irmandade.
Amor é um valor que todo o ser sente.
O bulliyng, nos deixa descontente.
Com amor e verdade
Vamos varrer a maldade
O amor de Divino não faz separação
Todos moram em Seu coração.
Não cabe a nós, tal desprezo,
Todos devem ser amigos do peito.
Negro é
Negro no Brasil, tem
olhos pretos,
Azuis ou castanho, de todo jeito.
Negro é realista, calmo e feliz.
Amoroso, sorridente, bem diferente.
Negro é trabalhador, tem gente que não dá valor.
Tem outros que desprezam o
negro por sua cor.
O negro é inteligente da África é descendente.
O negro é um presente principalmente pra gente.
Negro trabalha tanto,
enfrentando frio e calor.
Está a contribuir com a construção do País.
Na vida ou na ciência
Nunca esteve ausente
Pois é um ser competente.
O negro é humano e social.
A capoeira, sua arte corporal.
Batuque e Marabaixo, seu ritmo ancestral.
A divindade, força espiritual,
Para defendê-lo de todo o mal,
Isso é muito legal!
Seguir em frente
Negro forte, negro valente!
Enfrenta as dificuldades
Como toda gente.
Constrói e cultiva
Com muita alegria.
Sei que o sofrimento
Atinge o seu dia a dia.
Mas hoje é cantor e doutor.
É liberdade, é teor.
Alegria e comunhão,
Entre jovens e anciãos.
Harmonia e coragem.
Educar a nação é pura felicidade.
Canta, canta minha gente,
Vamos todos seguir em frente.
Inclusão
O povo negro está em festa.
O índio também se manifesta.
E todos entram nesta inclusão.
São formadores desta nação.
Eu quero cantar!
Eu quero dançar!
Eu quero tocar!
Festa bonita é pra comemorar.
É a identidade do meu lugar.
CRIANÇA
Criança
guerreira com os pés no chão.
Que
vive nas ruas, mendigando o pão.
Sobe
o morro, desce o valado,
Buscando
comer um pedaço ou punhado.
Levante
sua alegria, vislumbre sua cor,
Acorde
seus sentimentos, ela é um primor.
Exponha
o sorriso, se encha de alegria,
Não
tenha vergonha de entrar nesta folia.
Criança
alegre, de muita ousadia,
Merece
segurança em todos os dias.
Não
tenhamos medo de cobrar seus direitos
Exigindo
da sociedade mais respeito.
Crianças
são lindas, têm o que viver.
Não
vamos deixa-las perecer.
Levante
a bandeira, transmita esperança,
Dê
um mundo melhor a todas as crianças.
Seja
branca ou negra devemos respeitar
Toda
a criança do nosso lugar.
Levante
a cabeça e pense bem,
Faça
um carinho no rosto de alguém.
Se
há bondade no coração,
Pelejemos
contra a discriminação.
Se
tivermos fé e respeito
Lutemos
contra o preconceito
Se
a vida inspira humanismo
Batalhemos
contra o racismo.
Independente
de credo, cor, ou religião,
Devemos
ter garra e prontidão.
Pra
defender a pequena cidadã,
Criança
é o futuro do amanhã.
Negra de amor
Sou negra! Sou negra!
Negra é a etnia
Negra é a cor,
Negra de amor.
Sinhozinho venha ver
O que no Brasil aconteceu.
Meu pranto em alegria se converteu.
Com a Lei 10.639
Minha escola ficou forte.
Do currículo escolar, vou participar.
Sinhozinho venha ver
O que no Amapá aconteceu.
Minha escola, o ensino fortaleceu.
E no toque do tambor
Marabaixo eu danço com amor.
Sou feliz e brilho como o sol do Equador.
Sinhozinho venha ver
O que em Macapá aconteceu.
A tradição nas
ruas, visibilizou.
Pinchaín ou
Sarará,
Meu cabelo
agora é moda.
Entre nessa
roda e venha comemorar
Sou negra! Sou negra!
Negra é a etnia
Negra é a cor,
Negra de amor.
Em
29/12/16 às 15:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
Negro Vencedor
Na minha
escuta,
Na minha fala,
Minha
identidade se constrói.
No meu agir,
No meu
intervir,
É que eu digo
onde dói.
É com
chocalho,
É com tambor,
Que mostro com
fervor.
A minha dança,
A Minha ânsia,
Compartilhada
com amor.
E marabaixo, batuque e capoeira,
São minhas
expressões.
De
resistência, de liderança...
Sou Negro,
Negro vencedor.
Criado em: 13/11/2015 ás 8;3 7, por Maria
Aurea dos Santos
AFROLOGIAR
Afrologiar
é falar
Etnografar,
ancestralizar.
É
estudar e ensinar,
É
conquistar e valorizar
Afrologiar
é pertencer
Reconhecer
e envolver.
É ceder
visibilidade,
É
reaprender humanidade.
Afrologiar
é incluir,
Contribuir
e garantir.
É
interagir e sentir,
Que
isso sim, faz parte de mim.
Afrologiar
é um movimento,
Com
poetas negros no Amapá.
É
a Afrologia Tucujú.
Envolvendo
de Norte a Sul.
Autora: Maria Aurea dos Santos
Em: 29/03/18 –
16:00h
Palavras
O poder das palavras consolida
conhecimento.
Entrelaça ideias, na síntese ou
argumento.
O poder das palavras tem sonoridade
peculiar.
Propaga-se velozmente, no espaço
temporal.
O poder das palavras tem símbolos, é
imagem...
Leitura de grafismo, que na ótica
faz sua viagem.
O poder das palavras pode ser
gigante, avassalador.
E pode ser ternura, conforto, em
momento de dor.
Que poder é esse, que foi dado aos
homens?
De classificar palavras dando às
coisas, nomes.
Palavras soltas ao vento podem menos
em seus efeitos.
Como vocábulos reorganizados, é um
pensamento formado.
É uma ideia a aprovar, um ensino a
absorver.
Um conselho a acatar, ou uma tese,
que vem somar.
O que de fato, dizer das palavras, quando
grafadas incorretamente?
Impedem a compreensão, de um
pensamento coerente?
O poder das palavras, não é difícil
meu amigo.
Mas palavras como verbo vivo, só o
Senhor Jesus Cristo.
Palavras vão, palavras veem, levam e
trazem mensagem de alguém.
Desabafo, reivindicação, ou pra
tolir o pobre cidadão.
Saúde, justiça e educação, palavras
de grande precisão.
Hoje, bem comprometidas, em conchavo
com a política.
Usemos palavras empoderadas, que
avive a humanidade.
Façamos discursos coerentes, com
palavras que libertem mentes.
Em
10/04/18 às 9:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
Mulher
mãe
Mulher
mãe minha heroína.
É linda
rainha!
Lembro-me
de seus passos,
Firmes
e constantes.
Ao
defender seu castelo,
Com
olhares, palavras ou gestos exuberantes.
Mãe
mulher, que ao trovejar,
O
soar, era voz de ordem,
Quando
nada estava a contento.
Outrora,
com afeto e canção,
Serena
brisa, refrigério, acalmava o coração.
Hoje
distante dela.
Mulher
mãe me tornei.
E
sinto em minha pele.
O
ensino que dela alcancei.
Em
tempos modernos,
Mesma
missão.
A
semente mãe mulher
Em
plena germinação.
Quisera,
Senhor quisera!
Que
te ofereças frutos bons.
Pois
te peço mansidão,
Pra
realizar tamanha função
Ora
brisa, ora trovão.
Em
15/04/18 às 11:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
Estrutura
Terra, água e ar.
Elementos naturais.
Animais, vegetais e minerais.
Seres universais.
Cabeça , tronco e membros.
Divisões corporais.
Índio, negro e branco.
Cores étnico-raciais.
Pai, Filho e Espírito.
Divindades espirituais.
Amor, esperança e paz.
Emoções sentimentais.
Casa, igreja e escola.
Instituições primordiais.
União, respeito e colaboração.
Preceitos morais.
Federal, estadual e municipal.
Esferas sociais.
Executivo, legislativo e judiciário.
Poderes organizacionais.
Café, almoço e jantar.
Refeições principais.
Frutas, verduras e legumes.
Alimentos beneficiais.
Poder, honra e dignidade.
Faz diferença na sociedade.
Se plantar, regar e colher.
Boa ceifa, vamos ter.
Em
10/04/18 às 9:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
MOVA-SE
Sem
movimento não há liberdade
Preciso
mover-me ao encontro da felicidade
Há um
parque em minha frente
Quero
encontrar gente.
Fazer
fluir em mim a candeia
Agito-me
a todo instante
Preciso
formar laços
Que
religue almas
Entrelace
corações
E
mova o mundo.
Mova-se
também
Ainda
que sejam retas perfeitas
Pra
direita, pra esquerda
Para
cima, para baixo
Em
todas as direções
É
preciso entender
Quão
importante é o mover
Mova-se
pela dignidade
Há
necessidade
De um
aeroplano
Para
ser
Excelente
ser humano.
Em
25/07/18 às 9:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
Alexandre Vaz Tavares
Nosso destino é traçado
Por diversas marés.
Nos altos e baixos da vida
Aguerridos, sempre de pés.
Alexandre Vaz Tavares
Alcançou também seus pilares
Hoje lisonjeado,
Pionerista considerado.
Retrata a história e a
memória.
Filho de Antônio e Florianda
De berço amapaense
Fruto Tucujulense.
De estudante a doutor
Político, professor
Como poeta se fortaleceu
Quando ”Macapá” escreveu.
Para homenagear com fervor
A terra onde nasceu.
Em 08 de agosto
Dia da poesia.
Com grande primazia
Estamos a laurear
Este poeta do Amapá.
À todos os escritores
Que em suas composições
Sintam-se inspirados
Nesse patrono estimado.
Em
04/08/18 às 9:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
TE LIBERTAS
Penso
nas vidas insossas
Gélidos
mortais
Que
vivem tão inebriados
Longe
da lida cabal
Exploram
um horizonte
De
promessas infindáveis
Dentro
de uma bolha,
Sucessos
jamais imensuráveis.
Admiro
quem encara
Um
mix divertido.
Tentar,
viver e sonhar
Sem
ter se corrompido.
Joga
a magia no ar
E
dela se apropria.
Abriga
a esperança na mente,
E
as oportunidades?
Agarra
com unhas e dentes.
Te
libertas!
Não
deixa que te encarcere,
O
trem tende a passar.
Vem
pra parada embarcar.
Se
te achas no meio do nada
Corrige
o olhar funil.
E
veja total desvaneio,
Se
encarares o desviou.
Te
libertas!
Olha
o romper da aurora!
É
luta! É resistência!
Todo
dia, toda hora.
Te
libertas!!!!!!!!!!
Em
13/10/18 às 9:30h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
Nincho
de identidade
História de negros
Atravessam séculos de resistência.
Da África para o Brasil
Contribuindo com arte, garra e ciência.
Trajetória, memórias, práticas sociais.
Visíveis e vivas, nos traços culturais.
Riquezas presentes em plena Amazônia
Combatendo sempre ideias antagônicas.
Amapá! Amapá! Sempre porteira
De persistentes laços na fronteira.
Em seu solo a cultura floresce.
De Norte a Sul, o legado enaltece.
Nincho de identidade.
Cheiro, sabor, Tom e imagem.
Em
24/10/18 às 15:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
Parece elogio, mas é racismo
Como
pode essa inteligência toda
parar
aí?
Esse
aí, tem corpo, cor e nome
Esse
aí é gente, tem existência.
Tem
cheiro, gosto e sabor.
Tem
cultura, tem labor,
História,
memória...
Minha
fala é autêntica
Meu
olhar é de águia.
Minha
cor é natural
Meu
coração é maternal.
Meu
black é estilo
Meu
canto é imortal
Minha
dança é ritmo.
Tudo
em mim é cultural
Com
Alika, tenho traje jamal
Com
Zwanga e Tapuias, adorno real.
No
Maruanum, poder artesanal.
Mel
da Pedreira, recurso medicinal.
O
Criaú, embala as folias
Que
encanto, as cantorias!
Tem
meu povo noite e dia!
Yanna
Mc. compõe rap pra mim
Mazagão,
expressão de fé.
Minha
cultura se mantém de pé.
No
berimbau, tambor, afoxé...
Agora,
até minha escola
Nao
faz mais escória.
Puro
ceticismo.
Parece
elogio, mas é racismo.
Em 27/10/18
às 15:30h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
A arte de partejar
- Vai
buscar a parteira!
Aqui
começa a missão.
E o
choro da criança,
É a grande
realização.
Saberes e crenças,
Com
mãos cuidadosas.
Que
fazem perder sono,
Prática valorosa.
A arte
de partejar
É um
legado ancestral.
Laurear
com fervor
Parteira
tradicional.
Que na
cortina do tempo,
Traça biológico
evento.
Mulheres
de olhar tinhoso
Andar
ligeiro, com rito curandeiro.
Engrola
uma canção,
Sabedoria,
tesoura, candeeiro...
De
cavalo, de remo ou de pé.
Assim
vai a cegonha
Em plena
Amazônia
Cuidar
da parturiente,
E de
mais um inocente.
Dotadas
de saber viril
A
mãe do umbigo vem.
Ajudar
vir à luz
O
rebento, o fruto do bem.
São
mulheres corajosas
Que
partejam com devoção.
E trazem
nas mãos calosas,
As vidas
de uma nação.
Índio,
branco, negro,
Não
tem distinção.
Pra
elas o grande prazer,
É
ver em suas mãos,
Mais
uma criança nascer.
Em 31/10/18 às 11:30h
Autora: Maria Aurea dos Santos
Autora: Maria Aurea dos Santos
DÊ FLORES
Dê
flores enquanto há vida.
Enquanto
houver esperança,
Sorria
sempre que possivel.
Abrace,
perdoe, ame...
Antes
que o sono eterno
Leve
ao recanto imortal.
Façamos
diferente.
A
saudade é nostalgia.
Quantas
flores raras,
São
levadas pela magia.
De
noite, de dia
Na
angustia ou calmaria.
Vamos
transpor montanhas.
Quebrar
a barreira do orgulho.
A
fortaleza do egoísmo.
A
pirâmide do marasmo.
Ou
o muro do achismo.
Pés
no chão!
Mente
fertil!
Jardinagem
florida!
Dê
flores enquanto há vida.
Composiçao: Aurea
Santos
Em 02/ 11 / 18 às
9:30h
Só mais um instante
Ainda
sinto o cheiro do aroma no ar.
Na
manhã sepulcrária.
Coroas,
velas, preces...
Pessoas,
sem parar.
Nada
se compara.
Com
os suspiros-dos-jardins.
Grande
nostalgia me cerca.
Fortes
lembranças me sobreveem
Nao
tem como conter.
O
coração pulsa forte,
A
mente projeta vc.
Quisera
só mais um instante.
Nos
meus braços te envolver.
Só
de imaginar
Na
saída sem despedida.
Na
ausencia do boquê.
Da
risada faceiro.
Me
comovo por inteira.
Só
mais um instante.
Mataria
toda a dor.
Flores
raras tem valor.
Varreria
do meu ser.
Esse
mar de sofrer
A
brisa tem teu perfume.
Ainda
sinto o cheiro no ar.
Só
mais um instante.
Suficiente
pra me acalmar.
Composiçao: Aurea
Santosl
Em 03/ 11 / 18 às 7:00
h
Essência dos Mártires
A
essência dos mártires
Está no
pranto saudoso.
Nas
cenas cálidas da noite,
No corte
profundo da foice.
No
perfume levado pelo vento,
Nas
lágrimas contidas no tempo.
No riso
terno de um momento,
Na força
do momento.
Está no
cair das folhas raras,
Que o
galho mais forte não pode conter.
No
suspiro tímido da alma,
Tanta
lembrança há em meu ser!
Sofrera
inebrio arrastão
No gosto
insípido do nada.
Na ausência
do afago,
Do
abraço e do beijo.
Como
vulto ligeiro do trem passageiro,
Invadistes
outro jardim,
Com
margarida e jasmim.
Nova
morada além,
Solicitude
aquém.
MINHA CANÇÃOO ECOA NOS ARES
Minha
canção é inspirada
Nos
cantos dos mártires
Nos
gritos dos ancestrais
Clamaram
tanto por justiça social
Minha
canção está
No
espirito da floresta.
No
coração das águas
onde boiuna faz a festa
Canto de
oblação.
Incenso
suave de coração.
Minha
canção é carregada de arte
Que
presenteia o meu amado
Na
margem de um riacho.
É focada
no canto do colibri
Na pinta
do açaí
No gosto
do tambaqui
Minha
canção canaliza o vento
Moinho
que embala a noite
A arte
de moldar pedra
Meu
Muiraquitã
Aguarda
o visitante
Que
encanto vê-lo chegar
No
cheiro suave da brisa do mar.
Minha
canção nasce de um pensamento
Ressoa
nas entranhas do ar
Numa
propagação sem par
Viaja o
infinito,
Espalha
coragem,
Intimida
o inimigo,
Inquieta
o alienado,
Alcança
algozes,
Espanta
os males,
Refrigera
a alma
Minha
canção ecoa nos ares.
(Composiçao: Aurea
Santosl
Em 02/ 11 / 18 às
13:00h)
Flores do meu
jardim
O
comércio aqueceu,
Com
uma beleza sem par.
As
lojas todas floridas,
Pra
o cliente impressionar.
Hoje
com a evolução,
Tem
muitas novidades.
Pra
enfeitar os túmulos,
De
pequenas e grandes cidades.
Tem
flores de toda cor,
Azuis,
brancas, rosas, amarelas,
Vermelhas,
roxas, coloridas,
Todas
elas, são tão belas!
Mas
nenhuma se compara,
Com
as flores do meu jardim.
Flores
raras, raras flores
Umas
foram morar distante,
Bem
distante daqui.
Perfumam
o além
Com
suas pétalas no caminho.
Que
o Senhor esteja a regar,
Este
jardim sem espinho.
Amanhã
sim, seguirei.
A
rotina anual.
À
necrópole envelhecida,
Farei
visita especial.
Muito
além de velas e flores
Quero
lhes fazer oblação
Às
flores raras que eram
Do
jardim do meu coração.
Composição: Aurea Santos!
Em 15/ 11 / 18 às
15:00h
DESABAFO
Não sou
melhor que ninguém.
Também
não admito a invisibilidade.
Eu quero
falar, eu quero participar,
Quero
mostrar quem sou de verdade.
Quero
ter vez, voto e voz.
Quero
recuperar o tempo atroz.
E
garantir daqui pra frente,
Direitos
iguais minha gente.
Ir e vir
em qualquer lugar.
Sem ter
um dedo pra me apontar.
Me
adornar como bem quiser,
E poder
fazer minha profissão de fé.
A lei
está aí. Pra quem quiser cumprir.
Fora
preconceito, racismo, discriminação.
Façamos
o pacto do bem.
Amemos o
irmão sem acepção.
Ufa!
Falei, desabafei!
(Composição: Aurea Santos!
Em 16/ 11 / 18 às
20:30h)
PARA O DIA DAS MULHERES
Para o
dia das mulheres
Recortarei
um coração.
Grande!
Bem vermelho!
Pra
mostrar ao mundo inteiro.
Para o
dia das mulheres
Desenharei
uma linda flor
Perfeita,
bela, perfumada!
Para que
seja sempre amadas.
Para o
dia das mulheres
Encherei
um balão grandão.
Por que
elas merecem.
Alegria
de montão.
Para o dia
das mulheres
Amarrarei
uma fita colorida.
O laço
significa,
Ser
feliz pra toda vida.
Para o
dia das mulheres
Cortarei
um bolo delicioso.
Um forte
abraço darei.
Cantarei
parabéns.
Bênçãos
à todas, te peço Senhor! Amém.
Composiçao: Aurea
Santosl
Em 07/ 03 / 19 às 11:30h
A FORMIGUINHA E A CIGARRINHA
Uma
formiguinha indo trabalhar,
Encontrou
uma cigarra a cantarolar.
O
inverno já estava prestes a chegar,
E a
cigarra só queria cantar e tocar.
Eu
canto, canto, canto,
Eu toco,
toco, toco.
O
inverno longe está
Não vou
me preocupar.
O
inverno chegou
E a
cigarra titiricou, titiricou...
Pra
formiguinha um favor suplicou:
- Deixa-me
entrar pra me esquentar,
Prometo
não mais vacilar.
Então,
toque, toque, toque,
E se
ponha a cantar.
E todo o
formigueiro,
No seu
canto irá dançar.
A
formiga e a cigarra,
É uma
história secular.
Que
ensina como devemos,
O tempo
aproveitar.
(Composição: Aurea Santos, Em 25/ 02 / 19 às 11:00h)
Diversão, cultura e
conhecimento
Diversão ,cultura e conhecimento,
Juntos, forma um bom alimento.
Iguarias excelentes,
Para tratar mentes inconsequentes.
Mentes que mergulhadas estão,
Num oceano de corrupção.
Ou mentes alienadas, meu irmão,
No mar da marginalização.
Cego é quem não quer ver,
O que lá fora está acontecendo.
A batalha do bem e do mal,
Entre as classes, se fortalecendo.
Prega o desrespeito imoral
O assédio sobre os direitos é mortal.
Escrúpulo, covardia, Pecs do não,
Que perseguem a vida do pop cidadão.
A intolerância impera.
Na religião, no gênero, na cor...
Quisera que todos plantem tâmaras.
É a lição mais certa de cultivar o amor
Na vida, o plantar e o colher
Diversão , cultura e conhecimento,
São melhores alimentos.
A diversão construtiva,
Reflete no dia-a-dia.
É prática da vida
É um mousse de alegria.
A cultura é diversidade,
Diferentes costumes de uma sociedade.
O berço das tradições,
Que emana das civilizações.
O conhecimento é o chão,
Saber trilhar é a questão.
Depende da intrepidez,
Que apresentar o freguês.
Por tanto, diversão, cultura e conhecimento.
É tudo o que está acontecendo
Aqui nesse momento.
Em 25/08/17 às 10:00h
Autora: Maria Aurea Santos.
Autora: Maria Aurea Santos.
FORMATURA
A reta
final de um plano
Requer
comemoração.
Nem
sempre é um ponto de chegada,
Parece
subir de escalão.
Choro,
nervoso, zanga,
Conselho,
afeto, extravagancia.
Um mix
de emoções
Das mais
estranhas razões.
Montanhas
foram transpassadas.
Experiências
compartilhadas.
Formação
adquirida,
Que
servirá pra toda a vida.
Para
escalar o conhecimento,
Cada
passo, um momento.
Cada
cena, um sentimento.
Cada aula,
um evento.
E
cada frase um argumento.
É
preciso ver, tocar, sonhar,
Ouvir,
sentir... E assim moldar.
O que
conhece, perde o sentido,
Novo
saber é refletido.
Caberá
ao tempo,
Próximo
nivelamento.
Desejamos
aos formandos,
Parabéns!
Muitas felicidades.
Pelo
apoio agradecemos as famílias.
Aos
professores certeza de missão cumprida.
À Deus
toda a honra e toda glória!
Pela
vitória alcançada.
Muito
obrigada senhor!
Pela
conquista com amor.
Em: 19 /12/18 às 11:00h
Autora: Maria Aurea Santos
Autora: Maria Aurea Santos
COMUNIDADE
AMBÉ
Indo pro fora na BR 210.
Ou por dentro, na AP 210.
A 80Km de Macapá.
Está a comunidade do Ambé.
Ambé era um cipó.
Que existia em grande quantidade.
Desse vegetal resultou,
O nome da comunidade.
Comunidade pecuarista.
Campo verdejante, bela pastagem.
Famílias do Rio Pedreira
Instituíram essa
Manoelzinho do Ambé.
Um grande desbravador.
Que achando terra fértil,
Pra lá sua família levou.
Picanços, Pedreiras e Sousas,
Ali
miscigenou.
Ramos,
Silvas, Machados, Prazeres,
A vila
se fortificou.
Tem
igreja com mirante
PROFESSOR
Seu
super poder é educar
Os
desafios apostos nos caminhos.
Alegria
de poder concretizar,
Cada
passo, sem espinhos.
Seu
super poder se realiza
Ao
ver a criança despertar.
Saindo
da cegueira social,
Que
a inocência, tende regar.
Seu
super poder se compara.
Com
a visão de águia.
De
longe perifériza
E
seu alçar consolida.
Seu
super poder se reveste
Nas
armas magisteriais.
Da
corrente humanista,
Com
métodos diferenciais.
Seu
super poder se propaga na diversidade
Ele é
Educador, mediador
Ensinante,
aprendente
Doutor,
Transformador
Mestre,
docente.
Instrutor,
mentor
Formador,
lecionador
Cognoscente,
professor...
Seu
super poder é eclético
Dinâmico,
prático, amoroso.
Valorização
é a questão,
Todo
professor é precioso.
Autora: Aurea Santos
Em : 06/03/19 às 9:30hs.
PARA O DIA DAS MULHERES
Para
o dia das mulheres
Recortarei
um coração
Grande!
Bem vermelho!
Pra
mostrar ao mundo inteiro.
Para
o dia das mulheres
Desenharei
uma linda flor.
Perfeita,
bela, perfumada!
Pra
que sejam sempre amadas.
Para
o dia das mulheres
Encherei
um balão grandão.
Porque
elas merecem
Alegria
de montão!
Para
o dia das mulheres
Amarrarei
uma fita colorida.
O
laço significa.
Ser
feliz pra toda vida.
Para
o dia das mulheres
Cortarei
um bolo delicioso.
Um
forte abraço darei,
Cantarei
parabéns.
Bênçãos
à todas, te peço Senhor! Amém.
Autora: Aurea Santos
Em : 07/03/19 às 11:30hs.
CONTA O CONTO E RECONTA
Conta
o conto e reconta
Deixa
explícito o arder na artéria.
O
que falta no bolso,
O
ferro coroe a matéria.
Fala,
oh alma sombria!
Quantas
verdades há neste ser.
Conta
o conto e reconta
Dinâmica
de puro viver.
Conta
o conto e reconta
O
calçar, o vestir, o comer.
Embala
nos versos da rima
A
sátira que há em vc.
A
luz do final do túnel.
Verás
brilhar no cume.
Por
isso conta o conto e reconta
Deixa
as lágrimas escorrer.
O
conto a recontar
Traduz
existência humana.
Tece
no ápice a história
De
ancestral trajetória
Ao
contar, visibiliza
Ao
calar, você consente
A
injustiça prevalecer.
Ao
signo ascendente.
Grita
bem alto essa escória,
Libera
a adrenalina
Conta
o conto e reconta
Mergulha
na fonte cristalina.
Toca
as caixas e gaitas
Ergue
a bandeira das matas
Conta
o conto e reconta
Resiste,
não te amedrontas!
Maria
Aurea Santos
Em :
07/04/19 às 11: 30h.
GUARDIÃS DA MEMÒRIA
Carmo
do Macacoari
Em
Itaubal do Piririm.
Comunidade
negra ribeirinha,
Com
glória, tem belas rainhas
Nos
cantinhos no Amapá,
Ouvimos
tantas histórias.
Vivências
pluriculturais
De
ancestrais e atuais.
As
mulheres negras macacoarienses,
Guardiãs
da memória local.
Dons
nas mãos, uso das matas,
Roça
de toco, criação de quintal.
São
atividades corriqueiras,
Festejadas
nas marabaixeiras.
São
grandes as perspectivas,
Em
torno da realidade.
Uma
verdadeira Odisséia,
Em
busca de alteridade.
Cidadania
e autonomia,
Começam
nas primeiras horas do dia.
Resistente
é o pertencimento,
Que
traça sua linha do tempo.
Do
antigo ao contemporâneo,
Mulheres,
seguem militantes.
Desbravando
a Amazônia,
Como
uma orquestra sinfônica.
A
verdadeira história de um povo,
Devemos
sempre preservar.
Existente
só na oralidade,
Raridade
se tornará.
Foi
então, que Maria das Dores,
Amapaense
destemida.
Durica,
de alma aguerrida,
Sentiu
como grande missão,
Registrar
essa historicização.
Filha
genuína do local,
Infância,
juventude, com humildade.
Sempre
presente nas festividades.
Registra
com pioneirismo,
Memórias,
com cientificismo .
Um
resgate das tradições,
Costumes
e integrações.
Defesa
de cunho essencial.
Preservações
são fundamentais.
Para
as gerações terem referenciais..
Autoria: Maria Aurea Santos
Em: 17/04/19 – 20:40h
CRIAÇÃO DE ANTES
Desde
criança convivendo com grande atrocidade.
Até
na cantiga de ninar, espanto, calamidade.
Em
prol do respeito e da moral.
A
fim de guiar na regra geral.
O
boi da cara preta me dava pavor.
Envelopando
meu pensamento
No
monstro do contra-tempo.
Se
um gato no telhado estava a caminhar.
-
Cala! Matinta Pereira, já vem te buscar!
E
nego tremia, sem saber o quê fazer.
Se
desobedecesse, "o pau ia comer".
Se
um pé de vento, sob vem.
É
o Saci querendo um vintém
E
cachimbada também.
Se
antes do barulho atordoador,
O
relampejo riscasse, da noite, o véo.
Comprava
briga com o papai do céu.
Era
um mar de tortura,
Pra
construir boa criatura.
Amor
que me fez gigante.
Assim
era, criação de antes.
Autoria: Maria Aurea Santos
Em:
A VIDA É
A
vida é um dom
Quando
tem na aptidão, tom.
A
vida fica mais bonita
Quando
encontramos almas floridas.
A
vida só é um encanto
quando
está longe do pranto.
A
vida é bem bizarra
Quando
é forçada a barra.
A
vida é bem séria
Na
abstenção de alegria quimera.
A
vida é dolorida
quando
no caminho há feridas.
A
vida é passageira
Quando
não nos amamos por inteira.
A
vida é uma festa
Quando
a folia se manifesta.
Composição: Aurea Santos.
Em 23 / 03 / 19 às 9:00h
FAMÍLIA FELIZ
Família
feliz
É
aquela onde há,
Amor,
paz e união,
Aquela
que cuida do coração.
Família
feliz
É
aquela humana,
Que
apesar dos intemperes,
Mas
é aquela que ama.
Família
feliz
Faz
o bem sem acepção.
Reúne
pra celebrar,
O
simples fato de junto está.
Família
feliz
Luta
com garra.
Contra
todas as potestades,
Para
o Bem Estar da alma.
Família
feliz,
Instrui
à crítica e à autonomia.
Para
que brevemente,
Colha
frutos da sabedoria.
Enfim,
família feliz,
É
sempre aprendiz.
Pois
tudo faz,
Pra
se tornar capaz.
Composição: Aurea Santos.
Em 22/ 03 / 19 às 12:00h
SÃO JOSÉ DE MACAPÁ
19
de março
É
um dia religioso.
Para
o povo amapaense
Feriado
virtuoso.
Carpinteiro
desde a infância
Profissão
que herdou do genitor.
José
da tribo da David
Era
excelente construtor.
Sobre
os costumes judeus
Em
Nazaré da Galiléia.
Vemos
José e Maria
Mulher
com quem se casaria.
Numa
missão divinal
No
período do matrimônio.
José
agindo secretamente
Aos
olhos de Deus é temente.
Abnegado
homem trabalhador
Protetor
da família.
A
população ao comemorar
Da
história se apropria.
Cada
um com seu jeitinho
O
Santo querendo agradar.
Hoje,
pelas bênçãos recebidas
Na
vida secular.
Da
catedral à Fortaleza
Nas
ruas da capital
Segue
a imagem de São José
E
os devotos exercitando a fé.
Durante
os dias de festejos
Grandes
temas são discutidos.
Fortalecendo
párocos, romeiros
E
voluntários aguerridos.
Na
Pedra do Guindaste
A
base de sua imagem
Ao
sol sempre reluz.
Lendária
Tucujú
Padroeiro
de Macapá
De
grande romaria popular.
No
torrão amapaense
É
cartão postal minha gente.
Autoria: Maria Aurea Santos
Em: 19/ 04/ 19 – 12:00h
O LIVRO
O
livro é um grande amigo
Tem
a magia que molda o viver.
Pra
cada situação, uma solução.
Na
alegria, na dor, em toda a ocasião.
O
livro dá inspiração
Pra
toda a humanidade.
Seja
rico, seja pobre,
Tem
livro pra toda idade.
Um
livro não é só capa
Tem
folhas, flores, amores...
Tem
palavras amargas, deliciosas,
Gélidas,
quentes, manhosas!
Pra
mim, é um amuleto,
Que
guardo dentro do peito.
Um
veículo de tantas histórias,
Cultiva
minha memória.
Quer
viver aventura,
No
céu, na terra e no mar?
Acredite,
ele te tira do chão,
E
te leva pra qualquer lugar!
Com
ele eu viajo o mundo,
Eternizou
amizades.
No
passado, presente e futuro,
O
livro nos deixa maturo.
Dizem
que é mudo,
Mas
ele fala de tudo.
Dizem
ainda que não tem coração,
E
que por ele não pagam nem um tostão.
Eu
sinceramente não concordo,
Com
essa opinião.
Pra
mim o livro fora feito de grande emoção.
Que
encanta anciãos, adultos e crianças,
A
bíblia é exemplo vivo, traz amor, esperança.
Sempre
que puder
Doe
um livro a alguém.
Dissemine
quantas vezes der
Essa
prática do bem.
Cuide
bem de seu livro,
Não
o deixe no relento.
Um
livro tem grande valor,
Valor
e conhecimento.
Autoria: Maria Aurea Santos
Em: 27/ 04/ 19 – 10:00h
Vida Interiorana
Todo
amanhecer merece atenção.
Cheirinho
de terra molhada,
Folhas
salpicadas no chão.
Lida
matinal.
A
natureza debulha o açai
Nas
telhas e no quintal.
O
sol desponta no horizonte
Espelhando
todo o vegetal.
Na
mata, a bicharada
No
céu, o canto da passarada.
Mundica,
traz tapioquinha
Ou
biju de farinha.
Com
castanha é mimo.
E
um café bem quentinho.
Dá
cá meu par de chinelo.
Vou
coivarar, plantar, colher...
Os
frutos que a vida oferecer.
Aproveito
e levo caniço e isca,
Vai
que um peixe belisca.
Se
caso, nada caçar.
Tem
a opção de mariscar.
O
fardo é duro seu moço
Já
diz o ditado popular.
"Se
plantar o chão dá,
Mas
se não plantar, o chão não dá."
Ainda
mais com as ideias,
De
só com oitenta me aposentar...
Aí é pra
lascar!
Maria
Aurea Santo
EM:
29/04/19 as 22:00h
ROTINA: MULHER DO CAMPO
Casa de forno, casa de farinha,
A mulherada se anima.
Muitos casos, risadas,
Ao chegar da roça,
Com paneiro de mandioca.
Põe de molho, rala, espreme,
Com jeito surpreendente.
Os mais novos vão aprendendo,
Como se dá o funcionamento.
Tucupi do tipiti!
Farinha de tapioca!
Goma pra tacacá!
Dá até uma frivioca!
Mingau de farinha d’água,
Saborosa produção.
Atividade tradicional,
De grande potencial.
Mulheres do campo
O labor é sua história.
Além de cuidar da família,
São guardiãs da memória.
Nas plantações, pastos, lagoas e igarapés.
Cada mulher tem seu encanto.
No arar da terra, nas pescarias,
Ao conduzir o rebanho.
Com técnicas e práticas,
Que não tem tamanho.
Assim é a vida no campo,
Das mulheres incansáveis.
Que lutam pra mudar as histórias
De quem as veem como escorias.
Autoria: Maria
Aurea Santos
Em: 05/ 05/19 as 7hs.
O REMO E
O MUIRAQUITÃ
Sopra o
vento, espalha a neblina,
Remo em
águas frias, cristalinas.
De
repente, sem esperar,
A
pressão, conduz em direção.
De um
iceberg da cosmovisão.
O mar
imponente está,
Sua
cantata ecoa no ar,
Em
maresia que entoa.
De altos
e baixos veste-se a viagem.
No
horizonte, não há mais paisagem.
Querem
tomar meu chão!
Alegam
não ter produção.
Como
explicar a pertença? Meu lar!!!
Como
naufrago vou sucumbi,
Se do
remo desistir.
Valho-me
da força interior.
Quebro
os paradigmas de dor.
Ergo a flecha,
toco tambor
E ao
guerreiro do amor.
Desvelo
um grito promissor.
Abram-se
os raios do sol.
Queime a
ganancia do opressor.
Faça-me
remar, remar, remar...
E em
porto seguro chegar.
Certa
que meu muiraquitã,
Combate
a fúria dos Titãs.
Autoria: Maria Aurea Santos
Em: 25/ 04/19 as 10hs.
ARQUITETURA
DA ALMA
O
construir exige esforço
Projeto
e iniciativa.
Na
arquitetura da alma,
Tem
vitórias e feridas.
Imaginem
o barulho incessante,
Das
batidas corriqueiras.
O
revestimento da pureza,
Com as
pinceladas conselheiras.
Na
estrutura do andor,
Cantinho
sagrado, do meu Bem Amado.
Marteladas
precisas,
Formação
primitiva, científica, cultural.
Pra
encaixar regras sociais.
Que
resistem a todo tempo,
Tanto as
éticas, quanto as morais.
Acabamento
concluso,
Atrelado
ao modernismo.
Que dá
fama ao usuário,
Ou
explicita o racismo.
São
ações arquitetônicas
Que no
prumo não falham.
Cada
centímetro, cada metro,
No
espaço e tempo certo.
A
arquitetura da alma,
É
edificada firmemente.
Demolição
não faz parte,
Desse
epopeico planejamento.
Pois a
arquitetura da alma,
Ergue-se
com o conhecimento.
Autoria: Maria Aurea Santos
Em: 25/ 05/19 as 7hs
NEGRA FLOR
Negra!
Teu cabelo é lindo como a flor.
Negra!
És pra mim a Deusa do amor.
Negra!
Tua pele tem cor de mel,
Tua
dança é um show, reluz no azul do céu.
Teu
requebrar me incendeia,
Teu
olhar me rastreia.
Menina
linda faceira,
Minh’
alma vibra inteira.
Teu
falar é cheio de amor,
Tua boca
tem bom sabor.
Negra
flor, a melhor do jardim,
Gosto
dessa negra assim.
Êh, êh,
êh, êh negra de amor,
Gosto
dessa negra assim.
Êh, êh,
êh, êh negra flor,
Gosto
dessa negra assim.
Autoria: Maria Aurea Santos
Em: 30/ 05/19 as 22hs
Educação Ambiental
Educação ambiental, é um caso a se pensar.
Não é só construir hortas no espaço escolar.
Vai muito mais além, é a política do bem.
Perpassa pelos saberes, utilizar e conservar.
Se você só consome, se preocupe em preservar.
A natureza é um todo que alimenta o povo.
O uso racional do recurso natural.
È ideia sustentável, pra preservação integral.
A educação ambiental educa mentes.
O cuidado é fatal.
É a natureza quem sente.
Precisa-se de pessoas com práticas conscientes
Ninguém é avisado
Ninguém é interrogado
E na calada da noite a morte é decretada.
A República ruralista
É quem sofre as consequências
De mentores sem decência.
Por isso cuide do chão, da água, do ar.
Da flora, da fauna, do mar.
Educação ambiental é nosso dever,
Para a vida florescer.
Composição: Maria Aurea dos Santos
Em: 01/06/19 as 7h.
VERSÕES BUMBAIS
Em uma grande Fazenda,
Na margem do Rio São Francisco.
Uma história sinistra entre patrão,
Um casal e um boi de estimação..
Nesse dedinho de prosa,
Quero apenas recontar.
Que Catirina ao engravidar,
Língua de boi, quis saborear.
Pai Francisco, escravo destemido.
Sua esposa quis impressionar.
Mata um boi gordo do patrão,
E não mediu consequências não.
Deu a língua à sua esposa,
Repartiu com toda a vizinhança.
Só sobrou chifres, rabo e o esqueleto.
Isso porque ninguém, deu importância.
Um dos escravos, injuriado,
Por não receber sua doação.
Deu com a língua nos dentes,
Contou tudinho ao patrão.
O fazendeiro irritado
Por ter sido enganado.
Ao gado do coração,
Queria já ressurreição.
Chamou pajés, curandeiros,
Pagou penitências meses inteiros.
E o milagre do boi reviver?
Humm! Nada de acontecer.
Francisco e Catirina,
Fugiram para a cidade.
Pra proteger a família,
De uma grande fatalidade
Depois de muitos anos,
Arrependidos pelo crime cometido.
O filho já bem crescido.
Volta à fazenda com seus pais queridos.
Com medo de serem castigados
O menino logo se apressou.
No rabo seco do boi, sopra fortemente.
Que logo revive, chifrando em frente.
O velho fazendeiro
Não se contendo de alegria.
Perdoou toda a façanha,
Foi festança, folia.
Essa história inusitada
Em todo Brasil disseminada.
Reúne etnia, poder e tradição,
Cada Região compõe sua versão.
No Nordeste, Bumba-Meu-Boi,
Na Amazônia Boi-Bumbá.
Em todo lugar que chegar,
Contorno diferente terá.
Autora: Maria Aurea dos Santos
Em : 08/06/19 às 10hs.
UMA COISA OU OUTRA
O dia de amanhã
Só à Deus pertence.
Se um dia é de sofrer,
Outro pode ser diferente.
Eu preciso de você,
Você precisa de mim.
E assim vamos precisando,
Um dos outros, tanto assim.
É como fazer sabão com óleo,
Limpa o óleo com sabão.
São práticas normais,
Interdependentes, culturais.
Se chego pra remar,
Ou remo pra chegar.
Tanto faz, uma coisa é certa,
A partida tem um ponto,
Nele, devemos começar.
E assim nesse embate
Surgem muitas reticências.
Que vão dando contorno,
Com ordem e decência.
Os calçados, calçam os pés.
Os pés calçam, os calçados.
Vire e mexe lá vem ronda,
Resisto aceito a bronca.
A ronda é pra os rodados,
E a bronca é só cuidados.
Em fim, uma coisa ou outra,
Estamos pra vivenciar.
Só não podemos sucumbir,
Desistir, parar de lutar.
Nessa onda sobe e desce,
A canoa pode alagar.
Mas quero ser a primeira,
Com o meu nado chegar.
Pois se me deres a mão,
Sem se importar com credo ou cor.
Chegaremos juntos, além do bojador.
Autora: Maria Aurea dos Santos
Em : 08/06/19 às 19hs.
DIA DOS NAMORADOS
Festas pagãs, guerra,
religião.
Morte, amor e
perseguição.
Resultam num dia tão
especial,
Data consagrada a todo
casal.
Na Roma Antiga, século
III,
Pra não faltar
combatentes de vez.
O casamento, o
Imperador proibiu,
Mas o bispo Valentim,
não aderiu.
Do matrimônio era
defensor,
Sem permissão,
casamentou.
Numa emboscada lhe
restou a prisão,
Um amor e as cartas de
jovens cristãos.
O padre tornou-se um
mártir,
Essa foi sua punição.
De lá pra cá sua
missão,
Se expandiu entre as
nações.
No Brasil a origem foi
econômica,
Pra aquecer o setor
comércial
Mas também pra alegrar
os solteiros.
Na véspera do Santo
casamenteiro,
Essa data é bem
lembrada.
12 de junho foi
instituída
No Brasil, em todo
lugar,
Feliz, vão comemorar.
Pra todo casal é
promissor,
Doar presentes, fazer
declarações.
Em nome de um grande
amor,
Que entrelaça os
corações.
A troca de presente é
tradicional
De crendice popular à
comercial.
Sensacional! É festa
atrativa.
Que produz grandes
expectativas
O amor está no ar,
O sonho faz acontecer.
Respeito e
valorização,
Eternizam toda união.
Bispo Valentim e Frei
Fernando Bulhões,
Amigos dos jovens
apaixonados.
Com presentes, bombons
e declarações
Viva! Viva o dia dos
namorados!.
Autora: Maria Aurea
dos Santos
Em : 11/06/19 às 18hs
TUDO CONVÉM
Ladear com um coração humano.
É ter Porto Seguro ao navegar no
oceano.
É te estenderem a mão
Quando faltar o chão.
Na maior montanha do mundo,
Ter respirar profundo.
É acordar, com abraços, beijos,
E com o cheirinho do café,
Te colocarem de pés.
Com os lábios calientes,
Receberes energias mil,
Para teus dias de frios.
Força ativa que empodera.
Traz a estima no alvorecer.
Faz ser gigante nas turbulências
Fortalece todo o ser.
Haja férteis sementes,
Com germinar resplandecente.
Que o interior fotografe,
Os raios do sol.
E a isca perfeita para o anzol.
Minhas rimas gotejem no caminhar
Esperanças de encontrar.
Dia dos namorados
Dia consagrado.
Não tem pra onde fugir.
As lembranças são fatos
Quero voar mais alto.
Do poder de águia me revestir.
Me dá o luxo de ser feliz,
Um dia com, outro sem,
Tudo convém.
Autora: Maria Aurea dos Santos
Em : 10/06/19 às 15hs